Insper abre inscrições para cursos que abordam os desafios e as oportunidades do agro no século 21

O Insper Agro Global promove dois cursos de educação executiva na área de agronegócio, com início em agosto, focados em preparar profissionais para os desafios e as oportunidades do setor no Brasil e no contexto global. O objetivo dos programas é oferecer aos participantes uma formação robusta e atualizada, refletindo a importância estratégica do agronegócio brasileiro no cenário mundial

O curso Agro e Meio Ambiente: Desafio Climático Global e Sistemas Agroalimentares Sustentáveis é uma colaboração entre o Insper e a Columbia University, abrangendo 60 horas de conteúdo, com início em 12 de agosto e término em 25 de outubro. Esse curso foi criado para atender à crescente demanda por profissionais que entendam a interface entre a agropecuária e o meio ambiente, com foco nos impactos das mudanças climáticas e na garantia da segurança alimentar por meio de cadeias produtivas sustentáveis. A proposta central é oferecer uma visão estratégica sobre os desafios agroambientais brasileiros e o papel do agronegócio do país na mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

Já o curso O Brasil no Agronegócio Global discute os desafios e as oportunidades do agronegócio brasileiro no novo contexto mundial. Com carga de 32 horas e duração de 12 a 30 de agosto, o curso possibilita uma análise detalhada do cenário global do agronegócio, destacando a competitividade e a inserção internacional do Brasil. Dividido em três módulos, aborda desde a dinâmica do mercado global até questões estratégicas e políticas necessárias para ampliar a presença brasileira nos mercados internacionais. O curso, que conta com o apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária e do Ministério das Relações Exteriores, visa preparar profissionais para navegar pelas transformações do mercado e posicionar o Brasil de forma competitiva e sustentável.

A seguir, os professores Leandro Gilio e Camila Dias de Sá, docentes dos cursos, dão mais detalhes do que serão abordados nos programas:

O BRASIL NO AGRONEGÓCIO GLOBAL

Quais são as principais oportunidades e desafios que o agronegócio brasileiro enfrenta no cenário global atual, considerando o crescimento da demanda por alimentos e a crescente competitividade do mercado?

Leandro Gilio – O contexto global recente tem imposto diversos desafios ao agro. Pandemia, guerras, questões geopolíticas e climáticas reverberaram diretamente na oferta e na demanda de produtos do setor, resultando em grandes oscilações de preços e dificuldades na definição de estratégias e políticas de longo prazo. Mas também é um cenário que gera oportunidades. Com o aumento da relevância das commodities, o Brasil, com seu vasto potencial produtivo, está bem posicionado para expandir seus mercados e atender à crescente demanda global por alimentos.

Como o curso irá preparar os alunos para atuarem de forma estratégica e eficiente neste novo contexto global, abordando temas como sanidade, segurança alimentar, logística, agregação de valor e imagem do país?

Leandro Gilio – É um curso bastante abrangente, que oferecerá ao aluno uma visão analítica ampla de grandes questões que interligam o agronegócio brasileiro com mercado global. Essa é a sexta edição do curso, e convidamos para as aulas grandes especialistas em cada um dos assuntos tratados, para que promovam a interação com os alunos, indo além das aulas expositivas.

Que tipo de experiências e conhecimentos práticos os alunos do curso poderão adquirir por meio de estudos de caso, análises de dados e interações com especialistas renomados do setor?

Leandro Gilio – Toda as aulas têm como base dados atualizados e casos reais, e a interação entre os especialistas das áreas e os alunos ao longo do curso propiciarão a construção de uma visão analítica mais qualificada sobre a posição do Brasil no mercado global, refletindo-se sobre oportunidades no âmbito da atuação pública e privada.

AGRO E MEIO AMBIENTE

Quais são os principais desafios e oportunidades que o agronegócio brasileiro enfrenta em relação às mudanças climáticas e à sustentabilidade?

Camila Dias de Sá – Globalmente, a agropecuáriaé a segunda maior emissora de gases de efeito estufa, depois da queima de combustíveis fósseis. No entanto, a agricultura brasileira tem evoluído com a adoção de práticas que podem mitigar emissões ou até mesmo sequestrar carbono, aumentando a produtividade e reduzindo a necessidade de abrir novas áreas. Além disso, há oportunidades de transformar pastagens degradadas em áreas produtivas ou  restauradas com vegetação nativa, o que pode aumentar a produção de alimentos e mitigar as emissões. Poucos lugares no mundo têm condições de fazer isso em uma dimensão tão grande como o Brasil. O desafio está em escalar essas soluções, tanto em termos de negócios quanto de adaptação, uma vez que a agropecuária também é afetada pelas mudanças climáticas e precisa se tornar mais resiliente.

Que tipo de conhecimentos e habilidades os alunos vão adquirir ao fazer este curso?

Camila Dias de Sá – Os participantes do curso irão se munir de um arsenal de conhecimentos e habilidades indispensáveis para navegar no complexo cenário das mudanças climáticas e sua relação com o agronegócio. Eles serão capazes de reconhecer os pilares da ciência climática e os fundamentos de mitigação e adaptação; compreender o nexo agroambiental, reconhecendo as implicações das mudanças climáticas para a agropecuária e para a segurança alimentar, bem como os impactos da atividade agropecuária para as mudanças climáticas; familiarizar-se com os compromissos que governam a agenda global de mudanças climáticas e os principais conceitos, princípios e mecanismos a ela relacionados; examinar a trajetória do agronegócio brasileiro os desafios e as oportunidades de conciliar a produção agropecuária com o enfrentamento ao fenômeno das mudanças climáticas; e analisar as políticas e estratégias de negócio na interface entre agro e meio ambiente.

Como este programa se diferencia de outros cursos de agronegócio e sustentabilidade?

Camila Dias de Sá – Este curso se destaca por seu foco específico nas tensões do nexo agroambiental, abordando diretamente as interações entre mudanças climáticas e agropecuária. A colaboração com a Columbia University traz um reforço excepcional ao corpo docente, combinando expertise global em ciência climática com um profundo entendimento da realidade brasileira. Essa abordagem especializada e a qualidade do corpo docente tornam o curso único, proporcionando aos alunos uma compreensão aprofundada e direcionada dos desafios e oportunidades na interface entre agronegócio e meio ambiente.

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