Agroinsper apresenta resultados de projetos em parceria com o Insper Agro Global

Em 2024, o núcleo de pesquisa Insper Agro Global dá continuidade à parceria com a organização estudantil do Insper dedicada ao agronegócio, o AgroInsper. Ao longo do semestre, grupos de alunos da entidade elaboraram dois projetos de pesquisa ligados ao agronegócio, sob a orientação de professores e pesquisadores do Insper Agro Global. Na última terça-feira, 14 de maio, foram apresentados os resultados finais desses estudos.

O primeiro grupo, coordenado pelo estudante Lucas Cazerta e orientado pelo professor e pesquisador Leandro Gilio, lançou foco sobre o potencial da bioenergia brasileira no processo de transição energética global. O estudo abrangeu a avaliação do potencial para o Brasil de novos usos em biocombustíveis, como o combustível sustentável de aviação (SAF), o diesel verde (HVO) e o hidrogênio verde, além da análise de políticas públicas nacionais e globais de incentivos na área.

“No projeto que pude coordenar, avaliamos o que seria mais interessante para o Brasil no que envolve biocombustíveis na transição energética em termos de investimento e foco de políticas públicas. O tema foi muito importante para o grupo, conforme sugerido pelo Insper Agro Global, dado o potencial de crescimento dessas tecnologias no mercado e a capacidade do Brasil em desenvolver uma influência substancial nesse contexto”, disse Lucas Cazerta, coordenador da área de bioenergia do AgroInsper

“Os alunos conseguiram estudar e sintetizar muito bem os benefícios e problemas que envolvem o setor, particularmente para cada um dos biocombustíveis analisados. O exercício final de avaliar as melhores alternativas para o Brasil foi bem interessante, permitindo a reflexão sobre as políticas de incentivo e o potencial de cada tecnologia na área”, comentou Leandro Gilio, professor e pesquisador do Insper Agro Global.

O grupo de bioenergia também contou com a colaboração e comentários do assistente de pesquisa do Insper Agro Global, Paulo Henrique Ribeiro.

O segundo projeto, realizado pelo grupo coordenado por Pedro Sodré Parreira e orientado pela professora e pesquisadora Fernanda Kesrouani Lemos, avaliou a viabilidade econômica da implantação de um sistema de rastreabilidade na produção de bovinos em uma fazenda-modelo que não fazia uso dessa tecnologia para gestão da produção. Foram levantados custos, benefícios e questões técnicas e realizado um estudo de viabilidade econômica, além da avaliação de cenários alternativos.

“Realizamos um projeto sobre rastreabilidade, no qual conseguimos não apenas avaliar o cenário da rastreabilidade no Brasil, como também visitar propriedades rurais, conversar com pecuaristas, ver como a rastreabilidade pode ajudar na prática da produção pecuária”, disse Pedro Sodré Parreira, coordenador do grupo pecuária no AgroInsper. “Fizemos uma análise financeira profunda, avaliando alguns cenários de 15 anos para o contexto de uma fazenda de corte. E, mesmo em um cenário pessimista, identificamos vantagens para o pecuarista.”

“A rastreabilidade é um tema complexo e caro para os sistemas agropecuários. A pecuária, em especial, tem peculiaridades regionais, diferentes sistemas e barreiras culturais a serem transpostas para adoção. O trabalho do grupo de pecuária trouxe uma contribuição bastante relevante: em um caso de engorda de animais em um sistema bem desenvolvido, a implementação da rastreabilidade sem modificações no ambiente externo e apenas com ganhos em gestão já proporciona ganhos financeiros para o produtor”, destacou Fernanda Kesrouani Lemos, pesquisadora do Metricis e colaboradora do Insper Agro Global.

O grupo de pecuária também contou com a colaboração e comentários da assistente de pesquisa Sofia Piegas, ex-presidente do AgroInsper.

Além dos projetos de pesquisa e mentorias, o Insper Agro Global e o Agroinsper também atuam em conjunto na promoção de eventos voltados ao agronegócio.

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